Óleos vegetais e seus efeitos no câncer de mama

Você já parou para pensar que algo tão comum na sua cozinha pode ter um impacto em sua saúde? Estudos recentes têm investigado componentes presentes em óleos vegetais, como o óleo de soja, e sua ligação com o crescimento de um tipo mais agressivo de câncer de mama. Descubra o que os cientistas estão revelando sobre essa descoberta intrigante.

A descoberta surpreendente

Um grupo de pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, trouxe à tona essas informações ao publicar um estudo na revista Science na semana passada. Eles analisaram os efeitos do ácido linoleico, um tipo de gordura ômega-6 comumente encontrado em óleos de semente, como os de cártamo e soja, e também em alimentos de origem animal, como carne de porco e ovos.

Os cientistas observaram que o ácido linoleico poderia estar favorecendo o crescimento de um subtipo difícil de tratar do câncer de mama chamado triplo negativo, que normalmente não responde bem a terapias hormonais.

A ligação entre ácido linoleico e crescimento tumoral

Você pode estar se perguntando como exatamente o ácido linoleico está vinculado ao crescimento desse tipo de câncer. Segundo os autores do estudo, essa substância ativa uma via de crescimento celular chamada mTORC1. No entanto, esse efeito foi observado apenas nas células do subtipo triplo negativo.

A chave para entender essa relação está na interação do ácido linoleico com uma proteína chamada FABP5, que é encontrada em abundância nos tumores de triplo negativo, mas está ausente em outros tipos.

Estudos com culturas de células e testes em animais

Os cientistas não apenas estudaram essa interação em culturas de células, mas também realizaram testes em camundongos com câncer de mama triplo negativo. A descoberta? Uma dieta rica em ácido linoleico resultou em aumento dos níveis de FABP5, maior ativação da via mTORC1 e, como consequência, um crescimento acelerado dos tumores.

Perspectivas: biomarcadores e novas abordagens

Indo além, a pesquisa também investigou amostras de sangue e tecidos de pacientes diagnosticadas recentemente com câncer de mama triplo negativo. Os níveis elevados de ácido linoleico e FABP5 chamaram atenção. Essa descoberta não apenas lança luz sobre o vínculo entre dieta e câncer, mas também sugere que intervenções nutricionais personalizadas podem ser benéficas.

Como o autor sênior do estudo, Dr. John Blenis, destacou, essa é uma oportunidade de definir quais pacientes podem se beneficiar dessas recomendações personalizadas.

Implicações além do câncer de mama

Embora o foco inicial fosse o câncer de mama, os pesquisadores notaram que a via de sinalização FABP5-mTORC1 também pode influenciar o crescimento de certos subtipos de câncer de próstata. Está claro que o impacto do ácido linoleico extrapola, possivelmente afetando outras condições crônicas como obesidade e diabetes, o que ainda está sendo estudado.

Estabelecendo um novo marco na pesquisa

O trabalho dos cientistas já é considerado pioneiro ao definir claramente um mecanismo biológico que vincula o consumo de ácido linoleico ao desenvolvimento de câncer. A partir disso, sugere-se que a proteína FABP5 poderia servir como um biomarcador fundamental para direcionar intervenções terapêuticas e dietéticas, especialmente em tipos de câncer que ainda carecem de tratamentos efetivos.

Curioso para saber mais? Veja como substituir os óleos vegetais por opções mais saudáveis ou confira dicas de hábitos que podem realmente reduzir as chances de doenças graves.

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