Vivemos um momento crucial na busca por um mundo mais sustentável. Neste cenário, o Brasil se destaca como um potencial líder na transição energética global, aproveitando sua vasta riqueza de recursos naturais para enfrentar desafios climáticos e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Quer despertar sua curiosidade e saber mais sobre como o Brasil pode se posicionar? Continue lendo.
Uma matriz energética predominantemente renovável
Atualmente, o Brasil possui uma matriz energética majoritariamente baseada em fontes renováveis, com destaque para hidrelétricas, energia solar e eólica. Isso cria um terreno fértil para introduzir novas tecnologias sustentáveis e aumentar a produção de energia limpa. A especialidade do Brasil em hidrelétrica já é um fator determinante, mas é apenas o começo das possibilidades que podemos explorar.
O potencial do hidrogênio verde
Quer entender como o Brasil pode expandir suas fronteiras energéticas além do básico? O hidrogênio verde é uma opção promissora, produzido a partir de fontes renováveis e uma excelente alternativa para indústrias onde a eletrificação é mais complicada, como a produção de fertilizantes e o transporte pesado.
Ricardo Ribeiro, professor da UFRN, chama atenção para as implicações globais: “Essa tecnologia pode reposicionar o Brasil como um fornecedor global de energia limpa”. Mais do que isso, abre-se um mercado novo e excitante para exportações energéticas.
A força do vento brasileiro
Não é novidade que nosso litoral oferece um vasto campo para o desenvolvimento da energia eólica offshore. Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) indicam que apenas as áreas marítimas podem gerar até 700 GW. Para colocar em perspectiva, 160 GW desse potencial já estão no processo de licenciamento ambiental, um volume que supera muitas matrizes internacionais inteiras.
Desafios e oportunidades da transição energética
A professora Suani Teixeira Coelho, da USP, descreve o momento atual como uma “janela de oportunidade”. Mas quais são as condições essenciais para aproveitar essa janela? Para começar, o desenvolvimento desse setor necessita de políticas públicas focadas em inovação, com linhas de crédito acessíveis e incentivos à produção nacional.
No entanto, Daniela Higgin Amaral, também da USP, ressalta a importância de um equilíbrio entre progresso tecnológico e questões sociais. Para ela, a transição energética precisa ser inclusiva, provendo empregos e garantindo acesso amplo à energia.
O aprendizado com líderes internacionais
Para ilustrar, países nórdicos já estão liderando a corrida por energia limpa de diferentes maneiras:
- Dinamarca foca intensamente em energia eólica, incluindo offshore.
- Islândia baseia sua matriz quase inteiramente em fontes geotérmicas e hidrelétricas.
- Noruega avança no uso de carros elétricos.
Enquanto isso, nações como China e EUA continuam progredindo, com a China liderando investimentos em renováveis e os EUA impulsionando a pesquisa.
O que falta para o Brasil liderar?
Para realmente ser uma força no cenário global, o Brasil deve adotar políticas públicas ainda mais corajosas. Isso abrange incentivos fiscais, metas claras de descarbonização, a criação de um mercado regulado de carbono e apoio vigoroso à pesquisa científica nacional.
Empresas desempenham um papel crucial nesse contexto, investindo em eficiência energética e geração própria a partir de fontes como solar e eólica. Como mencionado pelo professor Ribeiro, tais práticas “reduzem custos operacionais e tornam as empresas mais competitivas”.
Você, como parte da sociedade, pode fazer diferença adotando práticas sustentáveis: economizar energia, reciclar e apoiar projetos locais de geração renovável são passos simples mas eficazes. A participação cidadã é fundamental para manter a transição energética na agenda política e econômica.
Conclusão
Com um vasto potencial solar, eólico e hídrico, além de um crescente conhecimento técnico, o Brasil possui todas as ferramentas para ser protagonista em um novo capítulo energético global. Mas, claro, isso dependerá de um planejamento eficaz, investimento e vontade política.
Quando se fala em um futuro sustentável, sua atitude hoje pode moldar o amanhã. Está disposto a explorar mais e fazer parte deste movimento? O mundo aguarda o passo do Brasil.
O post original foi publicado em Olhar Digital.
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