Em algum momento na vida adulta, você deve ter ouvido falar sobre a necessidade de realizar um check-up de saúde, especialmente à medida que a idade avança. Um dos tópicos frequentemente abordados nesses exames são os níveis de colesterol, que desempenham um papel crucial na prevenção de doenças cardiovasculares. Agora, você pode se perguntar: mas e as crianças e adolescentes? Por que eles não passam por essa avaliação com regularidade?
Desmistificando o colesterol: o que é e como é medido
O colesterol é uma gordura essencial presente no nosso organismo. Ele é vital para a produção de hormônios, vitaminas e ácidos biliares, além de ser um componente fundamental na estrutura das membranas celulares.
- Forma membranas celulares.
- Produz ácidos biliares, auxiliando na digestão.
- Sintetiza vitaminas, como a vitamina D.
- Participa da formação de hormônios sexuais.
- Regula a fluidez das membranas celulares mesmo em variações de temperatura.
Existem dois tipos principais de colesterol: HDL, conhecido como o ‘bom’ colesterol, e LDL, frequentemente referenciado como o ‘ruim’. O primeiro ajuda a remover o excesso de colesterol do sangue, enquanto o segundo pode acumular-se nas artérias, contribuindo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Se deseja monitorar seus níveis de colesterol, um exame fundamental chama-se lipidograma. Este teste de sangue avalia os seus níveis de gordura, indicando possíveis riscos de problemas cardiovasculares. Costuma-se fazer um jejum de 8 a 12 horas previamente ao exame. Além disso, evitar álcool por três dias e atividades físicas intensas nas 24 horas antecedentes é recomendável.
Qual é o papel dos pais e médicos?
Você provavelmente não imagina que crianças e adolescentes deveriam ter seus níveis de colesterol medidos regularmente. No entanto, a falta dessa prática pode representar riscos à saúde, uma vez que números elevados podem causar o acúmulo de gordura nas artérias, resultando na doença aterosclerótica. Infelizmente, jovens também não estão imunes a este problema.
Quando começar a monitorar o colesterol em jovens?
Um estudo publicado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2023 revelou que aproximadamente 24,4% dos jovens brasileiros apresentam alterações nos níveis de colesterol. Com resultados como esse, o assunto se torna impossível de ignorar.
Recomendações de acordo com a faixa etária
Se você é um pai ou responsável, talvez esteja curioso sobre quando e como monitorar o colesterol dos seus filhos. De acordo com Mirna de Sousa, cardiologista pediátrica, a medição pode começar de 2 a 8 anos de idade, especialmente se houver histórico familiar de doenças cardiovasculares.
Fatores que influenciam e recomendações práticas
A dieta e o histórico familiar jogam um papel crucial nos níveis de colesterol. Crianças de pais ou avós com condições como infarto, AVC, ou hipercolesterolemia devem ser examinadas mais cedo. Segundo as orientações:
- 9 a 12 anos: Todas as crianças, independente do histórico familiar, devem ser testadas.
- 12 a 16 anos: O teste depende do surgimento de novos fatores de risco na família.
- 17 a 21 anos: Deveria ser feito pelo menos um exame de triagem, sempre repetido se houver anormalidades.
Entendeu que colesterol elevado na infância não manifesta sintomas, mas a lesão arterial pode começar cedo? O diagnóstico precoce permite que hábitos saudáveis se estabeleçam desde cedo, prevenindo problemas futuros.
Estratégias de prevenção e tratamento
Se houver uma alteração no colesterol dos jovens de sua responsabilidade, o foco inicial geralmente não é medicação. O recomendável é mudar o estilo de vida, incorporando atividades físicas regulares e ajustes na dieta. Em alguns casos, outras condições como diabetes podem requerer um tratamento mais específico.
A cardiologista Mirna Sousa ressalta que, diferente dos adultos, o tratamento com medicações em jovens depende da idade. Apesar disso, a prevenção continua a ser uma abordagem altamente eficaz.
O papel social e institucional na manutenção da saúde
S promove a ideia de que o acesso a alimentos saudáveis e atividades físicas é essencial. Preços acessíveis para alimentos saudáveis, atividades esportivas nas escolas e ambientes propícios para exercícios são fundamentais para um estilo de vida saudável. “Taxar ultraprocessados pode ser uma estratégia eficiente, assim como já ocorre com álcool e cigarro”, sugere Sousa.
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