No último ano, a mpox emergiu como uma preocupação global, sendo classificada como uma nova emergência pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A rápida disseminação da variante 1B do vírus suscitou alarme, especialmente pelo seu registro em países na África, Ásia e até na Europa.
Implicações do estudo da Universidade de Surrey
Um recente estudo conduzido pela Universidade de Surrey, na Inglaterra, trouxe novas luzes sobre a doença, revelando sinais claros de transmissão entre humanos. Esses achados destacaram como a mpox pode evoluir a ponto de se tornar uma ameaça ainda mais significativa à saúde em escala global.
Mutações e transmissão entre humanos
Cientistas descobriram que o contato íntimo agora se apresenta como uma forma marcante de propagação. As mudanças na forma de transmissão do vírus estão originando cadeias mais longas e surtos com maior duração.
Essas descobertas refletem o efeito das mutações genéticas específicas acumuladas pelo vírus, impulsionadas por enzimas presentes no corpo humano. A maior inquietação reside na possibilidade de adaptação do vírus aos humanos, o que facilitaria sua transmissão e poderia, eventualmente, culminar em uma nova pandemia.
Publicação e reconhecimentos
Essas conclusões ganharam destaque em estudo publicado na revista Nature Medicine. A análise destaca o empenho da comunidade científica em entender e conter a expansão deste vírus ameaçador.
Entenda mais sobre a mpox
Origem e nomenclatura
Anteriormente conhecida como varíola dos macacos, o nome mpox foi oficializado pela OMS no final de 2022. A doença é caracterizada por lesões na pele, inicialmente no rosto, que podem se espalhar para outras partes do corpo, incluindo a região genital.
- Febre
- Fadiga
- Dores corporais
Histórico e evolução do vírus
Identificada pela primeira vez no final da década de 1950, a mpox revelou sua capacidade de mutação, principalmente nos últimos três a quatro anos. Essas alterações facilitaram a transmissão entre humanos.
O peculiar modo de transmissão da mpox
O contágio da mpox depende do contato físico próximo e prolongado. Assim como outros vírus, incluindo o Covid-19, a gravidade dos sintomas manifesta-se de forma diferente, dependendo da idade e condição de saúde do infectado.
Um resumo das preocupações e olhares futuros
Embora a mpox tenha sofrido mutações e aumentado sua capacidade de transmissão, muitas variantes detectadas entre 2018 e 2022 ainda são consideradas “silenciosas”, por não alterarem de maneira significativa as proteínas virais que escapam do nosso sistema imunológico.
A evolução contínua do vírus desafia cientistas e governos a encontrar soluções eficazes contra possíveis pandemias futuras, sublinhando a necessidade de vigilância e pesquisa contínuas.
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A complexidade da mpox e seu impacto potencial na saúde global tornam essencial o avanço nos estudos e desenvolvimento de estratégias de contenção. Sua situação reitera a importância da colaboração internacional na luta contra doenças emergentes.
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